
Panorama da proposta liderada por Carlos Viana
O senador Carlos Viana (Podemos–MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, apresentou uma proposta bastante incisiva para proteger os aposentados e pensionistas: a suspensão por 180 dias da cobrança das parcelas de empréstimos consignados já contratados. Senado Federal+2Senado Federal+2
Essa medida, segundo o parlamentar, pretende garantir uma pausa legal para revisar contratos, identificar possíveis irregularidades e evitar que os beneficiários paguem por operações que podem não ter autorizado. Senado Federal+2O ESTADÃO MT+2
Indícios de fraude e impacto nos aposentados
Fraudes em larga escala
Carlos Viana afirma que os trabalhos da CPMI revelaram indícios preocupantes de fraude no sistema de consignados: até 1,6 milhão de aposentados podem ter sido afetados por descontos que não reconhecem. Senado Federal+2EXCLUSIVO NEWS+2
Segundo o senador, pode haver até R$ 12 bilhões em créditos concedidos irregularmente. Senado Federal
Consequências sociais graves
Esses descontos indevidos teriam um efeito direto no orçamento dos beneficiários mais vulneráveis: “idosos que trabalharam a vida inteira e hoje ficam com R$ 400, R$ 500 para sobreviver”, afirmou Viana durante a reunião da CPMI. Senado Federal
Em outras palavras, muitos aposentados estariam vivendo com o mínimo, enquanto seus benefícios são drenados por consignados possivelmente ilegítimos.
O caráter emergencial da paralisação
Proteção imediata
Durante os 180 dias de suspensão, nenhuma parcela de consignado seria descontada, e os aposentados não seriam considerados inadimplentes. Senado Federal
Trata-se de uma ação com forte cunho de proteção social, pensada para dar tempo de investigação e correção, sem penalizar ainda mais os cidadãos vulneráveis. Senado Federal
Não afeta novos consignados
Importante reforçar: a proposta não impede a contratação de novos empréstimos — a pausa valerá apenas para os contratos já existentes. Senado Federal+1
A conexão com o PL 1.546/2024
O senador também se compromete a derrubar o veto presidencial, caso o PL 1.546/2024 não seja sancionado. Senado Federal+1
Esse projeto é estratégico: ele proíbe qualquer desconto de mensalidades associativas (sindicatos, entidades) nos benefícios previdenciários — mesmo aqueles autorizados pelo segurado — e extingue a antecipação de dívidas via consignado. Senado Federal
Segundo Viana, isso é fundamental para evitar que práticas fraudulentas voltem a se repetir: “projeto peça fundamental para impedir o retorno de práticas que permitiram fraudes milionárias contra beneficiários do INSS.” EXCLUSIVO NEWS

Progresso e consequências da investigação da CPMI
Ações concretas e prisões
A CPMI do INSS, instalada em abril de 2025, já obteve resultados expressivos. Senado Federal
Há bloqueio de bens e prisões de pessoas acusadas de envolvimento no esquema de fraudes. Senado Federal
Carlos Viana afirmou que “o núcleo principal que roubou a Previdência está na cadeia”. Senado Federal
Falhas nos mecanismos de controle
Segundo o senador, os órgãos de controle — como a Controladoria-Geral da União (CGU) — não foram eficazes em conter as fraudes. Senado Federal
Ele destaca que, se os mecanismos de fiscalização tivessem funcionado corretamente, seria possível evitar bilhões de desvios. Senado Federal
Compartilhamento de dados para investigação
A CPMI vai encaminhar informações preliminares à Polícia Federal, ao Banco Central, ao Ministério Público Federal e à direção do INSS para aprofundar a investigação. Senado Federal+1
Viana reforça que cabe a cada órgão analisar os dados com suas atribuições legais e proteger os aposentados lesados. Senado Federal
Riscos potenciais e desafios da proposta
- Resistência política: derrubar o veto presidencial ao PL 1.546/2024 pode não ser simples, exigindo articulação firme.
- Tempo de investigação: apesar da suspensão de 180 dias, revisar milhões de contratos e apurar fraudes pode levar além desse prazo.
- Impacto fiscal e operacional: A paralisação de descontar consignados pode gerar impacto no orçamento de instituições financeiras e no próprio INSS.
- Retaliação de operadores: bancos ou intermediários podem pressionar para manter as cobranças ou negociar os créditos de modo diferente.
Por que essa suspensão é uma medida justa e necessária
- Justiça social: muitos aposentados são democraticamente prejudicados, com descontos que não reconheceram ou não autorizaram.
- Transparência: Permite auditar contratos, identificar fraudes e responsabilizar os operadores envolvidos.
- Proteção emergencial: É uma “pausa legal” que dá segurança financeira a pessoas vulneráveis enquanto a CPMI investiga.
- Precedente institucional. Se aprovada, a proposta envia uma mensagem clara de combate à fraude e defesa dos aposentados.
Diagrama de fluxo da proposta (em Merma id)
flowchart TD
A[Início da investigação da CPMI] --> B{Indícios de fraude}
B --> C[Sobrecarga nos consignados dos aposentados]
C --> D[Sugestão de suspensão de 180 dias]
D --> E[Revisão de contratos]
E --> F[Identificação de irregularidades]
F --> G[Encaminhamento ao BC, PF, MPF e INSS]
G --> H[Sanção ou veto do PL 1.546/2024]
H --> I{Se sancionado?}
I -- Sim --> J[Proibição dos descontos associativos / antecipação de dívidas]
I -- Não --> K[Mobilização para derrubar o veto]
K --> J
J --> L[Proteção permanente aos beneficiários]

Chamado em ajuda ao povo brasileiro:
Conclusão
A proposta de suspender por 180 dias a cobrança de consignados ativos feita pelo senador Carlos Viana representa uma das iniciativas mais ambiciosas para proteger aposentados vulneráveis contra fraudes sistêmicas.
Defender essa medida é defender a dignidade de milhões de brasileiros que dependem de seus benefícios para sobreviver. É um momento decisivo para reforçar a transparência no sistema previdenciário e garantir que abusos sejam investigados, reparados e impedidos no futuro.
